CLAUSTROFOBIA

Claudio estava desesperado. Sentia que ia morrer. O ar não entrava em seus pulmões. Sentia que ia desmaiar.




Agarrou os cabelos tentando se acalmar. Seu corpo todo tremia. As paredes do elevador pareciam diminuir em torno dele.



Num ímpeto, levantou do chão. Tateando as paredes, procurando a porta, acabou chutando seu celular que acabou acendendo. Pegou ele do chão e observou a barra de sinal. Não tinha nenhum.



Iluminou em volta, querendo provar para si que as paredes não estavam diminuindo.



- Socorro! – gritou ele, batendo na porta – Socorro!



Gritou com toda a força que tinha nos pulmões.



O desespero tomou conta. Será que ficaria ali o fim de semana todo?!



O suor frio pingava de seu rosto. Ele tirou o paletó, folgou a camisa.



Um barulho no teto fez sua pele se arrepiar. Iluminou onde ouviu o barulho.



“Isso aqui vai cair”, pensou ele, “Eu vou acabar morrendo”.



Claudio cerrou os dentes sem saber o que fazer. Sua respiração pesada era o único som dentro daquele quadrado escuro. Secou o suor do rosto na manga da camisa.



Agarrou os cabelos, olhando para cima, implorando a Deus que o tirasse logo dali.



Ele tinha que sair. Tinha que achar um jeito. Sua sanidade dependia disso.



Tentou enfiar os dedos pela fresta da porta o máximo que pode e usou toda sua força para afastá-la. Estava vermelho, sem ar de tanta força e a porta não se mexera nem um centímetro.



Claudio agarrou os cabelos. Alguns fios caíram no chão.





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